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Em Prol do Coletivo #002 – Entrevista Sebastião Riane

Em Prol do Coletivo: Um Olhar Profundo sobre a Política Global com Sebastião Riane
No segundo episódio do programa “Em Prol do Coletivo”, tivemos o prazer de receber Sebastião Riane, microempresário aposentado e um pensador afiado quando o assunto é política – seja ela interna ou global. A conversa, conduzida de maneira descontraída, mergulhou em temas complexos como o cenário político americano, a crise climática, os conflitos geopolíticos e o papel das grandes potências no tabuleiro mundial.

A Visão de Sebastião: Política Global com Clareza e Memória Histórica
Conhecido por sua capacidade de conectar fatos históricos com o presente, Sebastião foi introduzido como alguém que, apesar de não ser formalmente um cientista político, tem um entendimento aprofundado das engrenagens que movem o mundo. Seu retorno aos debates públicos, após um período afastado por motivos de saúde durante a pandemia, foi marcado por entusiasmo e reflexão.

Estados Unidos e a Política do Imprevisível
Ao ser questionado sobre o novo presidente dos Estados Unidos, Sebastião foi direto ao ponto: o país vive um momento crítico. Ele destacou o sistema eleitoral americano como antiquado e comentou que, apesar da vitória expressiva nas urnas, o novo governo enfrenta enormes desafios.

Referindo-se a Donald Trump, ele fez observações contundentes: “O Trump acorda com uma ideia e dorme com outra”, disse, apontando a instabilidade e imprevisibilidade do ex-presidente. Ainda assim, reconhece que Trump não é um homem bobo: “Ganhou dinheiro do jeito dele, e sabe o que faz”.

Crise Climática, Terrorismo e Migração: Um Mundo em Transformação
Sebastião relembrou suas preocupações de oito anos atrás, que ainda permanecem atuais: a crise climática, o terrorismo e as migrações em massa. “O mundo está mudando, o clima está cada vez mais extremo. O Canadá, por exemplo, já chegou perto dos 50°C. Isso é assustador”, comentou.

O terrorismo, segundo ele, é um inimigo invisível. “Não tem exército, não tem uniforme. Se esconde entre as pessoas”, exemplificou, lembrando de episódios como o assassinato de Indira Gandhi.

Guerra e Reconstrução no Oriente Médio
Durante a conversa, o tema da guerra no Oriente Médio também foi abordado. Sebastião acredita que há movimentos para uma reestruturação da região: “Vai ser tudo reconstruído, prédios novos, povo voltando. Mas, para isso, quem está lá agora precisa sair”.

Ele também mencionou o papel de líderes como o primeiro-ministro israelense Netanyahu, sugerindo que conflitos armados acabam funcionando como cortina de fumaça para problemas internos.

G7, BRICS e a Nova Ordem Mundial
O debate seguiu com uma análise sobre o equilíbrio de poder entre o G7 e o BRICS. Para Sebastião, o G7, apesar de tecnologicamente avançado, enfrenta uma forte dependência energética. Já o BRICS, com países como China, Rússia e Brasil, possui uma abundância de recursos naturais, o que pode redefinir o jogo global.

A China, em especial, foi destaque. “Ela já tirou 300 milhões de pessoas da pobreza. Tem 3 trilhões de dólares em reserva. Enquanto isso, os EUA estão com uma dívida de 35 trilhões. Quem está mais forte?”, questionou.

China: Parceira ou Potência em Ascensão Irrefreável?
Apesar de reconhecer o poderio chinês, Sebastião vê a China como uma parceira, e não uma opressora. “Ela não impõe, ela negocia. Diferente dos EUA, que muitas vezes pressionam com bombas”, afirmou.

No entanto, ele também prevê um cenário em que a China poderá ser forçada a desacelerar, à medida que o poder global seja redistribuído, possivelmente com o Oriente Médio ganhando protagonismo sob influência americana.

Agenda 2030 e as Doenças do Futuro
Sebastião também abordou temas como a Agenda 2030, prevendo grandes avanços tecnológicos, inclusive na saúde: “Se fala na cura do câncer, Alzheimer e até da cegueira. A China será peça-chave nisso”, afirmou.

Conclusão: Um Mundo em Reconfiguração
O episódio deixou claro que o mundo está passando por uma reconfiguração geopolítica, ambiental e tecnológica. Sebastião trouxe uma visão crítica e embasada, com foco em analisar causas, contextos e possíveis cenários futuros.

“Governar é como segurar um ovo na mão: se apertar demais, quebra; se soltar demais, cai e quebra.” — Essa metáfora usada por Sebastião talvez resuma bem os desafios dos líderes globais nos tempos atuais.

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