Ministro fala sobre a volta do imposto sindical

Apoio do Governo sobre projeto de lei sobre retomada da contribuição sindical
Fevereiro 1, 2025
Apoio do Governo sobre projeto de lei sobre retomada da contribuição sindical
Fevereiro 1, 2025

Em audiência pública realizada na Câmara dos Deputados em 4 de outubro de 2023, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou categoricamente que a reintrodução do imposto sindical obrigatório não está em pauta. Ele enfatizou que o imposto, extinto pela reforma trabalhista de 2017, não retornará. Atualmente, discute-se a possibilidade de uma contribuição negocial, que seria aprovada em assembleia e não teria caráter compulsório.

Marinho destacou que o governo pretende apresentar ao Congresso Nacional uma proposta de reestruturação sindical, visando estabelecer novos mecanismos de financiamento tanto para sindicatos de trabalhadores quanto patronais. Ele ressaltou que a iniciativa abrangerá ambas as partes, buscando um equilíbrio no financiamento das entidades sindicais.

Durante o debate na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, a deputada Bia Kicis (PL-DF) argumentou que os sindicatos precisam oferecer serviços de qualidade para incentivar a adesão voluntária dos trabalhadores às contribuições. O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) elogiou a iniciativa do governo em discutir alternativas para o fortalecimento e financiamento do sindicalismo no Brasil, considerando-a uma medida acertada.

Além disso, o ministro criticou a terceirização irrestrita permitida desde 2017, apontando que essa prática tem levado a uma redução significativa nos salários e, em alguns casos, está associada a condições de trabalho análogas à escravidão. Marinho anunciou também que o governo enviará ao Congresso um projeto de lei para modificar as regras do saque-aniversário do FGTS, permitindo que os trabalhadores tenham acesso integral ao saldo disponível, corrigindo o que ele considera um erro na legislação atual.

Durante a sessão, o deputado Kim Kataguiri (União-SP) questionou a nomeação do ministro para o conselho do Serviço Social do Comércio (Sesc), ação que está sendo contestada judicialmente. Marinho esclareceu que, por determinação legal, o Ministério do Trabalho ocupa vagas em diversas entidades. O deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES) criticou a atuação de sindicatos no Espírito Santo e informou que encaminhará denúncias ao ministério, recebendo o apoio do ministro. Melo solicitou ainda a colaboração do governo em um projeto relacionado a parcerias agrícolas (PL 3097/20).

Participaram também do debate os deputados Adriana Ventura (Novo-SP), Junio Amaral (PL-MG), Jorge Solla (PT-BA), Padre João (PT-MG), Rubens Pereira Júnior (PT-MA) e Tadeu Veneri (PT-PR), que contribuíram com suas perspectivas sobre os temas abordados.

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